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Sobre nós

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A Igreja de Santa Joana Princesa

No final da segunda guerra mundial, D. Lourenço Vaz de Almada, 7º Conde de Almada, doou ao Patriarcado de Lisboa, um lote de terreno para uma capela de Orago a Santa Joana Princesa, em cumprimento duma promessa que fizera, caso Portugal não entrasse nesta guerra.

Uma das razões porque a família Almada tem grande veneração pela Princesa, deve-se ao facto de D. Fernando de Almada, 2º Conde de Avranches, ter casado com uma das “Aias” da Princesa.

Facto curioso é cerimonial que o processo de doação cumpriu, com uma troca de correspondência entre D. Lourenço Vaz de Almeida e o pretendente ao trono Real de Portugal, Dom Duarte Nuno, o Duque de Bragança.

Nessas missivas, D. Lourenço Vaz de Almada dá conta da intenção de cumprir a sua promessa e desejo. Sentimento reforçado pelo facto de ter sido indicado pelo governo, para vereador da Câmara Municipal de Lisboa, lugar que aceitou depois de autorizado por D. Duarte Nuno.

Para poder fazer a doação do terreno para a construção do orago a Santa Joana Princesa pede, igualmente, autorização a D. Duarte., porque os terrenos dos Lagares de El-Rei foram doados por D. João I a antepassados de D. Lourenço, com a seguinte clausula: “ não possa vender, nem doar, nem escambar (trocar) nem em seu testamento ou última vontade deixar nem em outra maneira alhear estas terras e bens (os Lagares de El-Rei) à Igreja, nem Ordem, nem Capela, nem Hospital, nem a casa ou pessoa religiosa,(…)”.

Esta carta visa então que o D. Duarte Nuno revogasse a cláusula da doação régia, para que se possa avançar com o projecto em mente.

D. Duarte Nuno, encontra-se retirado em Gunteen na Suiça, em resposta demonstra partilhar o sentimento da importância em existir uma nova igreja no novo bairro da cidade. E convencido que, igualmente, D. João I daria a sua aprovação para tal empreendimento, ele dava o seu consentimento para que D. Lourenço utilize os terrenos para os fins que preconiza.

Assim por decreto de 25 de Março de 1959 o Patriarcado de Lisboa, cria a paróquia de Santa Joana Princesa, sendo a 43ª Paróquia fica constituída com parte da freguesia civil de Alvalade que fica a oriente do eixo de avenida de Roma, anexa provisoriamente à paróquia de São João de Deus.

Entre a criação da paróquia, o lançamento da primeira pedra para a construção da igreja e a sua abertura ao culto em edifício próprio, passaram 43 anos.

A 30 de Maio de 2002., é inaugurada na freguesia de Alvalade a Igreja de Santa Joana Princesa, a qual é em Lisboa, a primeira do Século XXI.